sábado, setembro 30, 2006

Eleição


Não poderia faltar...pois bem estamos diante de mais um episódio da Democracia brasileira. Que não seja a festa dos trambiqueiros e mensaleiros compradores de dossie. Nem a festa da floresta encantada de banqueiros falidos dos tucanos.

Temos de escolher entre o ruim e o pior para o Brasil. Entre a mesmice da velha e antiga aristocracia, herdada pelos tucanistas do PSDB e a nova gang "esquerdista" do PT. Alguns os chamam de "neo-liberais". Erroneamente claro, já que o Brasil nunca passou por Liberalismo, acho que nem o mundo. Mas isso é termologia da época do FHC, quando o Lula era oposição e chamava o governo tucano dessa forma devido as privatizações. A bem da verdade é que estamos entre economistas da classe media alta, que se fazem de governantes equilibrados pela ética e estabilidade social e economica.
A culpa disso tudo foram os anos de Ditadura. A pressão e repressão tornou os brasileiros e futuros governantes em grandes mestres da estabilidade. Na verdade é um medo fantástico de voltar tempos negros de inflação e terrorismo politico. Por isso, nada de alterar a agenda FMI/Bco Mundial, "neo-liberal" voltada ao capital monetário, lucros empresariais e crescimentos pífios. Para combater a pobreza, programas assistenciais, esmolas com belas propagandas, que mais lembram o populismo de Getúlio e JK. Alías, grande trunfo de construir Brasília foi tirar a capital Federal dos grandes centros urbanos e coloca-la no centro do nada do país, bem longe das massas, ou melhor das revoltas da massa. Vai ver que acontece com político ladrão na Argentina, ali em Buenos Aires, capital e centro do país, fica fácil derrubar um governo...
Mas nossa política bunda mole, que alimenta pobres, que impede que a sociedade seja mais instruída com educação decente, emprego, tecnologia, ciência, não é resultado apenas do medo ou trauma da instabilidade social, mas é o rabo preso que esses partidos ao longo da nossa república ataram aos antigos poderes coloniais e imperiais. Grandes latifundios, grileiros, coroneis, que desde os tempos de Dom Pedro se aliavam a Justiça e por meio da ignorancia do povo e das balas de jagunços entravam na política pelo voto.
Infelizmente no Norte e Nordeste ainda é asssim. Os caciques como são chamados Jader Barbarios e ACM´s da vida sobrevivem desde esses remotos tempos.
Enfim, PSDB e agora PT, não são neo-liberais, mas sim projetos dessa mesmice prosaica da politica, que tenta se maquiar, renovar, mas ficou provado que em 12 anos, não conseguiram transformar o país, seja pela educação, seja pela quebra de uma economia agrária de exportação que é uma das grandes responsáveis pela destruição de agriculturas de subsistência e desmatamento da Amazônia.
O que nos resta é escolher o menos pior...mas que Democracia é esta, que dá mais tempo e dinheiro pra alguns partidos, que legitima a lavagem de dinheiro, que deixa outros partidos com menos de 1 minuto num Horário político nojento???????? Que democracia é essa que tem urnas eletrônicas invejaveis, mas que na saúde, educação o sistema é burro???? Politico só cuida do que é importante, as eleições que os lhe elegem.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Sexy na street art


Série de ilustrações estencil. Eu queria fazer uma série de montagens por aí com cenas sensuais, picantes de mulheres, mas nem sempre é possível já que os muros não são livres, nem o espaço urbano nos pertence. Além de tudo, custa caro essas produções, preciso achar patrocinadoras, executivas interessantes e interessadas pela arte...Mecenas ...hohoho

Queria também registrar que a sensualidade não está somente no corpo, mas principalmente na inteligência. E desculpem mulheres, mas tá em falta.

Sexy na street art

Sexy na street art

Sexy na street art

domingo, setembro 17, 2006

Gritos



Encarte para CD-ROM. Gritos poéticos.
Psicografado em 2005, para ilustrar poemas de famosos. Ao lado no primeiro quadro, Alvarez de Azevedo, no centro, Tears for Fears ( não é poesia, mas coube no tema), depois Augusto dos Anjos, entre outros que não estão aqui.

terça-feira, setembro 12, 2006

Boletim Informativo

As peças de publicidade estão no mês de Julho, se não me engano, basta ir no arquivo. Pra falar a verdade, tenho sérias críticas pessoais para minhas criações de propaganda, enfim. Sem nada para postar, eu funciono segundo minha satisfação pessoal, até posso criar quando é preciso, basta seguir os tais processos criativos.

Mas em relação as minhas criações pessoais, estas seguem o padrão que o acaso escolhe, não tem briefing, nem planejamento, se eu não estiver bem, nada sai. E hoje em dia graças a essa merda de cultura "Carpe Dien" que foi enfiado na cabeça principalmente dos jovens, é um crime estar deprimido, ou estar de mau humor por exemplo. Cada vez mais eu acho que a sociedade está nada consciente, basta ver as eleições. Au revouir.

segunda-feira, setembro 11, 2006

11 DE SETEMBRO - STREET ART CELEBRATION


Pode dizer, aonde você estava???

Já é 11 de Setembro...
















Aonde você estava, aonde eu estava? Estamos nos rendendo, ou já nascemos rendidos???

quinta-feira, setembro 07, 2006

Gênesis, fim


Em minha gênesi mais uma mãe chora, outro bebê morre...

terça-feira, setembro 05, 2006

Gênesis, parte II


Nas paredes e nos muros, das ruas, nas grandes e pequenas cidades, os deuses antigos renascem.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Gênesis


No início dos tempos, bem antes das cordilheiras do Oeste nascerem, eu era um Deus.


No tempo em que os grandes lagartos falavam e saltavam montanhas, haviam templos feitos do mais puro diamante, resultando de uma estrela cadente que caíra.

Uma Era em que as nuvens caiam do céu e todos podiam saborea-las livremente.

As estátuas que faziam a mim alcançavam as várias luas que brilhavam a noite. E as luas podiam falar com os habitantes da terra.

Pela noite fogueiras eram erguidas clareando as trevas, dando contornos e vida a todas as sombras. As mulheres que eram todas lindas, pois não havia nem existia a palavra "feio" dançavam sobre a chuva fina e refrescante que caia quando eu chorava.

Mas um dia, alguém ousou a passar a crer em si mesmo, ousou crer em seu destino, ou melhor, ser dono de seu destino e saiu gritando aos ventos sua descoberta. Um a um, uma a uma, todos se espantaram e subitamente desacreditaram.

Eles não mais acreditavam em mim. Um sentimento de liberdade, de segurança tomou o espírito, começaram então a varrer o mundo com idéias. Logo os ventos cósmicos tornaram ruínas os templos, as estátuas, os grandes lagartos morreram, as luas sucumbiram e se calaram, as estrelas cadentes não mais caíram...

Eu era um Deus, e como todo Deus precisa ser reverenciado, ser acreditado. E como todo Deus, não se enganem, também tem um destino, que é justamente ser um mito. Era uma vez um Deus, que foi dono do destino, mas que perdeu a coroa, tornou-se um mito. Um deus morre quando perde sua crença.

Eis que de repente, estava eu sentado num banco de praça, lendo um jornal, com os classificados em mãos procurando emprego, jogando migalhas de pão aos pombos, vendo o por do Sol...Era um deus, um mito e renasci para ser um nada.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Série: um tributo à Poligamia (poliamor)



Muitos milênios atrás havia um povo que vivia numa sociedade paltada nos valores da mulher. Foi uma das poucas civilizações matriarcais que existiu e foi datado por pesquisadores, historiadores e arqueólogos. Esses povos eram chamados de Drávidas, antepassados dos hindus da região da Índia.

Pois bem, o que lhes diferenciava era justamente a cultura calcada nos valores femininos, como a ênfase nos sentimentos próprios, no alheio, a valorização do homem e da mulher de forma igual e ao mesmo tempo a também valorização da coragem não sob a forma de ambição mas coragem para demonstrar sentimentos, viver os prazeres que o mundo pode oferecer.

Uma sociedade matriarcal faz com que as crianças exerçam sua sexualidade de forma pura e se tornem adultos sexualmente liberais, sem hipocrisias, sem tabus. O sexo para esse antigo povo era natural, desprovido de domínio do sexo forte ou fraco; não havia isso, não existia, sequer conheciam o termo sexo frágil e raça dominante. Para eles todos eram iguais diante da natureza e dos deuses. Alías, haviam muitas deusas, e a energia do prazer sexual era o que doutrinava essa civilização que não temia sentir prazer, sob qualquer forma, desde contemplar o nascer e por-do- Sol, como se banhar no mar, etc.

Essa foi a base do que depois foi nomeado de Filosofia Tântrica, por consequência sexo tântrico, muito desvirtuado pelo Ocidente. Falando propriamente do sexo tântrico, o que diferencia ao sexo Ocidental não são movimentos ou performace, mas é na ideologia que a comunidade drávida detinha. O sexo não era um escapismo ao estresse que o Ocidente (sociedade sempre patriarcal) vivia. O ato sexual aos antigos hindus era uma comunhão de almas, união cósmica entre 2 seres, portanto tão especial que era prolongado ao máximo, cujo objetivo não era apenas perpetuar a espécie, fazendo o homem despejar o semen na mulher e mantendo a linhagem.

Para provar que o cérebro e o sistema nervoso dominam até mesmo as funções biológicas, dizem os mestres da Yoga e do hinduísmo, que é perfeitamente possível fazer o ato sexual, sem auxílio de preservativo sem que a mulher engravide.

Difícil de entender, então falarei claramente, no sexo tântrico o que importava era prolongar a união das almas, do prazer, ficar o máximo de tempo em contato com os deuses e o cosmos. O sexo Ocidental sempre podou tais momentos íntimos, pois a mulher fora subjulgada, considerada inferior desde os tempos gregos, os ocidentais de cultura patriarcal e repressora, tem o sexo apenas como procriação de sua espécie, de seu nome, sangue, dão importância a coisas tolas como ter um filho "varão" pra manter o nome da família. O Tantra é o contrário, enquanto um quer gozar logo e procriar o outro simplesmente sublima o ato procriativo e o próprio corpo inibe a eliminação do semen.

Uma vez eu li que o homem moderno é tão estressado, controlado pelo sistema, escravo de si e do mundo que ele próprio construiu que a única coisa que ele deseja no sexo é despejar tudo que lhe aperta o peito, o fardo que carrega, se não pode gritar, ousar e romper, ele faz o que a natureza lhe oferecera, ele goza...literalmente e pior rapidamente.

Que destino mais ridículo nos demos a nós mesmos.

Tributo à Poligamia

Tributo à Poligamia