terça-feira, julho 29, 2008

Queer Fiction (Ensaio)



QUEER FICTION - Ensaios - vejam aí e se escandalizem. Eu vou embora. Tchau.

segunda-feira, julho 21, 2008


sexta-feira, julho 18, 2008

esse blog já era



Exausto. Os sonhos não sonham mais. Eu que adoro Sandman - me abandonou o rei dos sonhos. Dane-se. Tudo está estagnado, não tenho mais idéias e esse blog perdeu a razão de ser - durou foi muito dois anos - será mais outro lixo digital que estamos nos acostumando a produzir, além do lixo urbano. Deve ser meu segundo ou terceiro blog que se torna ruínas, quer dizer, ENTULHOS. Sim, porque ruína é muito "chique", isso aqui tá mais pra entulho mesmo. Vou telefonar pro Papa-Entulho mandar pra cá uma caçamba de entulho, dessas aí. É hora de desistir novamente.


terça-feira, julho 15, 2008

et moa, c´est qui?


Barry McGovern - fez Malone, Molloy, de Becket. Porque boto ele em cena - porque me sinto Malone dies ... o personagem no fim de Beckett. Ah, que preguiça (Macunaíma).
Minhas desvontades me afrontam. Não tenho ânimos para coisas da vida mundana. Essa cidade, tão grande, tão cheia de coisa - nunca vi tanta exposição, tanta Mostra se amostrando - é cinema latino, europeu, asiático, é feira de livros lá e acolá - festival de teatro, música contemporânea, show de tango. São tantas ruas e avenidas, 6 milhões de carros, uma renite que entope meus neurônios de Muco - quando me deito no travesseiro os fluídos viajam por minhas entranhas trancando garganta, narinas, cérebro, sinto uma dor no fundo dos olhos (será que isso é sinal de alma - karma)
E de que adianta, tanta diversidade, só tenho adversidades. Nada anda ou desanda, até para isso é preciso dar um passo (nem vale Jonnie Walker - a Lei seca ta aí). Mas eu não bebo, no dia que tiver de fazer não beberei cerveja (coisa nojenta) e sim uma taça de vinho e um belo coquetel Heath Ledger (coitado do Batman - ficou tão pequeno diante do Coringa avassalador). Pensem, porque eu vou despensar.

sexta-feira, julho 11, 2008

Pressa

"Tenho uma pressa enrustida. Uma pressa em ser. Quero partir tão logo seja".

Eu não sei, afinal meu tempo tem caminhado tão distinto da humanidade. Os outros - eu esqueço deles. Sempre. Observo apenas, de fora, isso não é um conto estória, é um aspecto, somente meu, tantas vírgulas, não quero parecer poético - estou cansado. Meu tempo pairou numa estação qualquer. O vento passa e leva folhas amareladas de alguma árvore. É tudo uma impressão de movimento. A sombra da árvore vai e vem, com o movimento do Sol. Novamente, apenas me impressionar, como se o mundo quisesse me dizer - estamos vivos e movendo, girando, eu desacredito.

Vozes falam, não para mim, pra outros, que o interessante do mundo é o próprio mundo. Tantos mundos, eu desacredito. Desacreditei. Pronto, poesia, poema, outra vez. Estou cansado, de monólogos. Mas não quero diálogos. Confuso, complicado. Conto meus desastres. E percebo, graças a eles não me destronei - seja lá o que isso possa querer dizer - pensem vocês.

Tenho estudado francês - por conta. Sem métodos ou cursos. Virei meu mestre e aprendiz. Parece que estou atrás de um edioma qualquer que possa traduzir minhas falas e dar algum sentido. Quem sabe depois venha, alemão, húngaro, russo, árabe, esperanto, chinês, japones. O português e o inglês já bastam.

Nada surpreende. Nada é surpresa. Os tempos de inocência e ingenuidade se foram. Depois disso é só o fim - um fim repetido exaustivamente em ondas radiofônicas antigas, numa frequência perdida ecoando... pra quem quiser ouvir. Estou cansado.

quinta-feira, julho 10, 2008

a vida e suas inutilidades

Em desacordo com a humanidade, percebo-me uma grande inutilidade. Nada que irei fazer, ou esteja fazendo faz diferença, diante dessa banalidade de existência - por exemplo, fiz duas universidades e hoje vejo de fora professores e ex "colegas", nós todos grandes idiotas - deveria ser banido do mundo acadêmico faculdades de Comunicação, especialmente Publicidade, Propaganda e MKT (pura enrolação, embromação) pra "brasileiro ver". Uns 90% dos cursos de pós são caça níqueis, otários que tem o curso pago pelas empresas pra fingir estarem pesquisando coisas, quando na verdade assistem meia aula e o resto passam nos butecos. Eu não aguento mais essa coisa - estamos construindo um mundo melhor. MERDA TUDO ISSO. MENTIRADA. É como reunião do G8 - plantam árvores 8 líderes patéticos do mundo e depois falam que daqui a 40 anos começam a reduzir os poluentes - uma reunião de palhaços para outros bilhões de palhaçoes que somos. As TV´s mandam jornalistas e comitivas pra cobrir essa merda.

Eu larguei essa coisa de publicitário e design porque não aguentava a panca de certos profissionais que pensavam ser SALVADOR DALI do photoshop. Hoje faço vez ou outra algum trabalho de comunicação visual, forçadamente, por sobrevivência - uma droga qualquer pra algum acéfalo visual - aqui no Brasil qualquer coisa organizada em cores funciona. Tô quase filmando porno no fundo do quintal e vendendo popozudas pro Leste Europeu. Qualquer peão de obra e cachorra de funk aceita fazer um filmes desses. Uma câmera, duas pessoas produzindo e distribuindo, ganhando em euros. BANALIDADES POR BANALIDADES, eu daria boa risadas.

Enquanto eu escrevo essas linhas nada poéticas (a poesia também sucumbiu ao idiotismo) o Supremo tribunal Federal expede habeas corpus aos banqueiros corruptos, sonegadores e ex prefeitos ladrões - são presos num dia, solto noutro (rimou - poesia 171)

E depois se candidatam novamente (Maluf, Garotinho, Jaders) e o povo idiota, o mesmo que talvez eu contrate pro meu primeiro filme porno (Gozando o Brasil) votam nesses cretinos. E meus amigos acadêmicos pegam taxi´s na saída da "facul" por conta da lei seca - coisa boa de se ver - mas creio já estar na mira do STF - porque devem achar isso "INCONSTITUCIONAL" - palavrinha do momento, na boca do povo. Soletra aí Luciano Huck ....Inté

quarta-feira, julho 09, 2008

Sociedade da Informação (uma merda)

Dez anos atrás estava indo pra faculdade de Design e depois Comunicação e aprendia via os filósofos europeus o que era a Sociedade da Informação. Os meios de comunicação, as empresas, os gurus da modernidade, palestrantes de motivação, autores de auto ajuda, enfim, essa cambada vendia e vende a idéia que INFORMAÇÃO é uma coisa preciosa, um ouro qualquer, a joia do Nilo, de Marte, da Via-Láctea. Temos aí, jornais, revistas e a TV - UMA MERDA SÓ.

A informação é a mesma faz mais de 80 anos. Uma entropia sem fim. Uma repetição, um sinal que ressoante em forma de ondas elétricas perambulando os satélites espaciais acima de nossas cabeças por quase um século - desde a segunda revolução industrial e o fim da Segunda Guerra. Nada muda, nada diz nada, nada é interessante. E todos nós acreditamos nesses GURUS DE MERDA - esses espertalhões que ganham dinheiro vendendo palestras - Bill Clinton fez 100 milhões de dólares como palestrante desde que deixou a Casa Branca - Paulo Coelho fez outros sei lá quantos milhões vendendo motivação espiritual em livros e se fazendo passar pelo MAGO ex drogado e torturado do DOPS DOI CODI na ditadura. E outros e outros e outros.

O Brasil nesses últimos séculos foi GRANDE NA CULTURA. Teve no século 19 um Machado e no 20 um Guimarães Rosa. No meio do século, inventou a Bossa - quando tudo musicalmente parecia resolvido. Teve Arte Concreta dos irmãos Campos - mesmo não passando pela Renascença, Barroco, Neo clássico, Fotografia, Realismo e finalmente o Impressionismo, o Brasil fez sua Arte Moderna com Mário de Andrade e a Semana de 22 - depois Oswald refez a Arte moderna com o Antropofagismo. No teatro tivemos Zimbisky, temos Antunes Filho, Paulo Autran, Zé Celso, o antigo TBC, etc.

E graças a essas mediocridades do mundo otimista aglutinamos tudo na TV - essa MERDA que faz novelas podres, programas comerciais podres, artistas podres de capas de revista - que nas horas de folga visitam a Disney e apresentadores de TV que frequentam as cadeiras dessas merdas de palestras. Toda essa revolução do Brasil ficou restrita aos livros empoeirados nas estantes de bibliotecas, que poucos CONDENADOS como eu acessam e dão algum valor. No mais as pessoas estão aí assinando jornais e revistas - porque desejam informação - alguém disse aos idiotas que isso faz diferença. Ah, claro, com acesso exclusivo por celular wirelles (não tem coisa mais cafona que isso).

segunda-feira, julho 07, 2008

ANO II - "Aqueles dias"

O que foi você, assim
o que foi a vida, enfim
sequer pude notar sua placa
passou por mim acima da velocidade
lugar indefinido, sem pronomes possessivos
nada de Minha ou Meu
poucos rastros e vestígios
a polícia científica se espantou; nada
contratei os melhores detetives
vacilaram todos
eu cansei, desisti.

Vaguei em campos esbeltos
sem flores mas com multidões
nada diziam, minha língua ficou escassa
arcaica, de repente falo grego antigo,
não há quem possa entender
tempos atuais se fala linguagens digitais
me tornei uma múmia viva
com um ou mais fantasmas
sim, vocês duas aí, cada uma tão igualmente distintas
lerdo engano, lerdo pensar, que me mata-me mata-me
e sem isto ou aquilo já não posso viver

Procuro desesperadamente por um arquiólogo
traduza meu linguajar em novos alfabetos
transcreva meu pensar, eu sou um recanto empoeirado
uma cidade fantasma, um rancho de mato crescido
há dois anos, todo assim
daí de cima você pode me ver?
tem algo acima de nós, além da escuridão?
prefiro que não
prefiro despensar - dispenso
quero ir, partir e não sentir
nada mais, ser inabitável
uma poeira ao vento,
me aglomerar junto às rochas
simplesmente encerrar
quero deixar de haver, de existir
quanto a ti, vou-te pensar ao desvivido
quanto a outra de ti, vou-te pensar em nossa vida vivida
todas, ambas, na ausência
amor ausente
é meu presente (embora fiquem no passado)

E só. Já não sei !!

Poema/resmungo para duas mais belas flores do campo que cultivei

sexta-feira, julho 04, 2008

ANO II


Segundo ano

Por aqui fazem dois anos. Por aqui há silêncios. Estou em silêncio, sem muitas inspirações, aspirações, vontades ou desejos. A era do "despensar" o mundo e todas as coisas e pessoas. Meu estado faz tempo (é que as vezes preciso fingir) é de desinteresse - estado civil e existencial - DESINTESSADO SOLITÁRIO E CANSADO. Não vou celebrar coisa alguma. Estejam à vontade pra (re)ler esses dois anos resmungados e rascunhados.