domingo, setembro 28, 2008
um requiem dominical
Dona Maria morreu. Num domingo. Hoje. Pensei - dia melhor pra isso não há. Ela tinha 88 anos. Morreu dormindo no hospital. Levaram-na, com dores no peito. Cada órgão foi parando, como engrenagens cansadas duma linha de produção. Primeiro o coração batia com dificuldades, depois o pulmão reteu água, porque os rins não funcionavam direito. O cérebro, perfeito, mantinha sua lucidez, em torno dela, os filhos e netos. Ela numa vivacidade replicava - "precisa podar o jardim, já marquei com o João, o jardineiro, vê se ele pode vir na terça - não esqueça de pedir pra ele ensacar o entulho e por para o lixeiro levar". Ela ignorava a morte com lucidez. Os filhos e netos acenavam um sim com as cabeças, cabisbaixas. Antes de adormecer para morte, ela serenamente falou -" não queria morrer, mas não tem jeito. O jeito vocês sabem. "Ela dormiu, morreu tranquilamente. O melhor da vida é no fechar dos olhos.
sexta-feira, setembro 26, 2008
Realmente o mundo virtual é uma mentira. As mulheres de 40 cada vez mais se parecem com as de 20. Lindas e gostosas - e vazias. Evazivas. Sempre me deram espaço - eu sempre dei preferência às balzaquianas. Milagres da cosmética e da indústria da moda - elas voltaram a juventude - acabou o brilho da maturidade. Venceu a mesmice. O tempo contemporâneo é tão chato que é difícil encontrar tema para se estudar - os mestrados e doutorados ou viajam na metafísica ou retornam ao passado - lá vamos estudar Machado, Guimarães, Balzac, Shakespeare, Platão, etc. Eu por exemplo estou na União Soviética de Stalin e na Cuba de Chê. Não me entendam, por favor. O presente depois de Bin Laden acabou - a arte morreu - graças à Alah !!!! Quem buscava a obra máxima da Arte perdeu pro barbudo lunático. Os terroristas que sequestraram aqueles aviões - como é que chamam - não possuem nomes - ah, são MARTIRES DE ALÁ. Bem lembrado, só mesmo Alá pra dar-lhes o crédito. Acabei de ver "Paradise Now" - um filme palestino sobre a guerra com Israel. Moral do filme, sempre há um filho da puta para pedir teu sangue. Sempre há um fodido metido a mentor e líder para guiar fanáticos para a morte. O mundo é essa merda; o resto dele é silêncio.
O melhor da vida é quando todos dormem. É como a morte.
O melhor da vida é quando todos dormem. É como a morte.
sexta-feira, setembro 19, 2008
Vim cá, Gerald Thomas me linkou em seu blog(dele). Daí lembrei disso aqui, me lembra muito minha última "video arte" chamada - A Casa dos Fundos, em que filmei um casebre abandonado ao tempo, ao vento e a chuva, que finalizei, mas desgostei tão logo, a edição final me broxou. A casa dos fundos é um lugar com vida mas morto. Exatamente esse blog. Sei lá, não sei mais.
Terminei recente um "pseudo ensaio" com algum toque de rapsódia sobre a Nona de Beethovem. Foi uma idéia absurda que tive depois de ver a Orquestra Acadêmica sob a regência de Kurt Masur interpretar a obra célebre do genial compositor. Lançei-me numa pesquisa "razoável" sobre a obra e a vida de Beethovem durante os 10 anos finais de sua vida, para compor sua "nona" e ainda vivo apresentá-la na Alemanha no ano de 1824. Essa experiência acabou me inspirando pra concluir esse ensaio futuramente de uma forma mais completa e íntegra. No momento preciso concluir projeto de Mestrado e outras coisas. Mas sempre fico com a sensação de "incompleto", de algo não feito, que deixei por fazer ou simplesmente não fiz.
Diabos.
Enfim, isso aqui morreu. Mas não acabou.
Volto qualquer dia aí de chuva.
Terminei recente um "pseudo ensaio" com algum toque de rapsódia sobre a Nona de Beethovem. Foi uma idéia absurda que tive depois de ver a Orquestra Acadêmica sob a regência de Kurt Masur interpretar a obra célebre do genial compositor. Lançei-me numa pesquisa "razoável" sobre a obra e a vida de Beethovem durante os 10 anos finais de sua vida, para compor sua "nona" e ainda vivo apresentá-la na Alemanha no ano de 1824. Essa experiência acabou me inspirando pra concluir esse ensaio futuramente de uma forma mais completa e íntegra. No momento preciso concluir projeto de Mestrado e outras coisas. Mas sempre fico com a sensação de "incompleto", de algo não feito, que deixei por fazer ou simplesmente não fiz.
Diabos.
Enfim, isso aqui morreu. Mas não acabou.
Volto qualquer dia aí de chuva.
segunda-feira, setembro 15, 2008
tudo muito chato
Saber do mundo é uma chatice. Época de eleição pior ainda. O esporte e o futebol também. As mulheres cada vez mais parecidas com homens; chatíssimas. A vida na cidade grande é péssimo. O trânsito, nem precisa citar. As multidões, todas emburrecidas. O ser humano, sei lá. Será esse o mundo que devo conquistar? Fazer o que depois, quando Ele estiver em minhas mãos? Não sei mais... Quero ir embora!
quinta-feira, setembro 11, 2008
terça-feira, setembro 09, 2008
quinta-feira, setembro 04, 2008
Para que escrever? Hoje tem tanto concurso e festival de literatura e cinema, parece ter mais realizador, escritor, produtor do que leitores e expectadores. Quem afinal vai ler e ver a arte contemporânea. E pra que serve arte nessa atualidade tão bonita de plug ins e cel phones 24 h connected num mundo cada vez menor. Quem luta por alguma coisa a não ser o sustento próprio e o churrasco de fim de semana. Vou por um conto meu numa coletânea de contos que ninguém vai ler porque os autores são desnecessários, desconhecidos. Os blogs parecem ser a Nova Literatura e os you tubes o Novo Cinema - tudo muito "mixed bullshit and shaked asshole.com"
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