terça-feira, dezembro 30, 2008

na crise dos 30


Quando era, agora não sou mais.

sábado, dezembro 20, 2008

nú no escuro


"Nú no escuro" - foi um texto que fiz pra mim mesmo num curso de teatro que cursei, quando estava entediado com a vida (o que sempre estou) e num dos exercícios tínhamos que escrever um texto e encenar fosse do jeito que fosse. A encenação ficou uma porcaria, mas fui um dos únicos que escreveu seu próprio texto, o resto do povo usou textos de autores diversos. Ninguém sabia escrever porra nenhuma.

Nú no escuro é isso aí da foto, um doido que ficou pelado num breu qualquer(apesar do escuro da foto estar bem photoshopado, não estava escuro assim), diante do nada, e nas trevas todos ficam cegos, como na atualidade - escrevi sobre mim mesmo como sempre, das minhas tentativas de "ser" sem nunca ter sido e de "partir tão logo seja". Será que um cego pode sonhar com o concreto sem nunca ter visto o real - indagava.

O tempo passa e parece que o texto fica repetindo num gravador sem parar, como um sinal que se perde dentre antenas parabólicas e satélites orbitais no espaço. A vida não anda, ela roda e voltei sempre ao mesmo ponto. Agora, estou reescrevendo, atualizando esse texto, para nada, simplesmente como registro. Coisas que reeditei sobre os cristais que se quebram, e nada do que foi faz muito sentido; também do desconhecimento que se tem sobre a veracidade dos sentimentos. Frieza, será mesmo algo tão ruim assim? O verso pode esperar um ano, antes de acabar com a poesia. João Cabral de Melo Neto esperava o tempo que fosse, numa paciência gélida. Enfim, meu último cristal se quebrou e agora não há mais nada a se recordar.

sábado, dezembro 13, 2008

Depois de um tempo grande me dedicando ao mestrado (tempo inútil) acabei deixando de lado outras idéias ou chame-se também de projetos, o ano se foi e as pessoas estão saindo de férias, eu estou na mesma, pensando e repensando, em (re)iniciar os velhos planos. É estranho, essa maldita época que odeio e que pra mim não me traz nenhum significado de fim ou reflexão, porque prefiro não ter fins ou inícios, ao contrário das pessoas, que pegam esse mês para refletir suas frustrações do ano - eu faço isso o ano inteiro, todo dia e instante, meus processos reflexivos não se dão no mês de Dezembro quando o mundo fica sensível e no resto do ano é um puteiro ao céu aberto - minha sensibilidade dura os benditos 12 meses, por essas eu não ligo pra feriados ou férias. Única forma de tirar férias seria ir para Sibéria ou Marte, bem longe de humanos, com algumas doses do coquetel Heath Ledger, ótimo pra dormir e sequer sonhar. É como brincar de morrer. E depois acordar.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Descobri que tem gente ganhando dinheiro com blog - tem gente que paga pra anunciar em blog - blog de conteúdo, gente que escreve sobre cultura, cultura pop, comportamento e outras coisas. Pelas barbas dos profetas visigodos - tem otário pra tudo. Tem gente que está lendo blogs escritos por gente comum desse mundo escroto, e acreditando no que está lendo - tanto estão que tem outros otários que pagam pra anunciar suas marcas em blogs super pops. O mundo é um quintal, e tudo dá no mesmo - no Google. O google responde tudo e esses blogs agora são supra sumos da cultura e da reflexão. Queimemos os livros de capa dura, de letras miúdas, dos filósofos aos teóricos. Pra que Merleau Ponty, Sartre, Valery, Bataile, Sófocles, Euripedes, Einstein, Shakespeare, pra não dizer de Ferreira Gullar (sempre me valeu mais que 10 professores da USP juntos), Bento Prado Junior, Haroldo de Campos, etc. Se o hoje e o agora se resolve em blogs de cultura e arte. Para que mestrados e doutorados, cansativos e massantes, consomem anos e muito espaço em bibliotecas. Ah, pra que biblioteca? Nem os universitários a visitam. Pra que escrever livros, romances, poemas, se Bin Laden fez a maior arte contemporânea do século (foi Stockhausen que disse). O que faço aqui...

Ah foda-se, esse blog tem o patrocínio e apoio do Bordel de meninas devassas e cultas - O Maulsoleu do Amor. Compre uma massagem tailandesa e goze por nossa conta.

terça-feira, dezembro 02, 2008




Não levo jeito pra vida, nunca me entrosei com ela, mas houve uma excessão, sempre há. Essa foto cheira banho num sábado de outono.


Um beijo