Ai de mim, ai de mim (como costuma falar Abujamra)
Todo esse tempo aqui, falando para as paredes, para os fantasmas, meus próprios fantasmas que habitam meu ego, todas minhas realidades. Todo esse tempo sendo a voz de minha (in)consciência, datilografando desejos conquistados e rejeitados e outros desejos nunca atingidos e ao mesmo tempo expulsos ao exílio.
Dei-me toda liberdade que poderia sofrer ou pedir e tantas foram as vezes que nada pude fazer. É irônico pensar que todo instante se busca essa liberdade de agir e pensar e quando se possui, não se sabe ao certo o que fazer com ela.
Tanta coisa me incomoda na natureza humana que me isolei, me auto proclamei por várias circunstâncias um ser alienígena. É tanto desencanto que não sei mais minha lista pessoal desarmônica.
Agora tenho misturado as realidades vividas e não vividas, num espaço tridimensional único, comprimido, cuja todas as formas se cabem. Deve ser algum tipo de esquizofrenia ainda não identificada pelos psiquiatras. A medida que dei vida às minhas criações, as criaturas se apossaram de todos os meus "mins" e "eus"
Não escrevo pra público algum, escrevo pra meu público mental, todos os milhões de mim que a cada nova madrugada se dividem, pluricelularmente, em tantas milhões de almas.
Dawn of million souls.
quarta-feira, abril 04, 2007
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2 comentários:
Desmundos...o q vc tá aprontando??????
Omar, Omar, faça esse homem terminar o volume I, queremos ele em Londres...
Omar Kawaff, gosto do seu nome
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