"Tenho uma pressa enrustida. Uma pressa em ser. Quero partir tão logo seja".
Eu não sei, afinal meu tempo tem caminhado tão distinto da humanidade. Os outros - eu esqueço deles. Sempre. Observo apenas, de fora, isso não é um conto estória, é um aspecto, somente meu, tantas vírgulas, não quero parecer poético - estou cansado. Meu tempo pairou numa estação qualquer. O vento passa e leva folhas amareladas de alguma árvore. É tudo uma impressão de movimento. A sombra da árvore vai e vem, com o movimento do Sol. Novamente, apenas me impressionar, como se o mundo quisesse me dizer - estamos vivos e movendo, girando, eu desacredito.
Vozes falam, não para mim, pra outros, que o interessante do mundo é o próprio mundo. Tantos mundos, eu desacredito. Desacreditei. Pronto, poesia, poema, outra vez. Estou cansado, de monólogos. Mas não quero diálogos. Confuso, complicado. Conto meus desastres. E percebo, graças a eles não me destronei - seja lá o que isso possa querer dizer - pensem vocês.
Tenho estudado francês - por conta. Sem métodos ou cursos. Virei meu mestre e aprendiz. Parece que estou atrás de um edioma qualquer que possa traduzir minhas falas e dar algum sentido. Quem sabe depois venha, alemão, húngaro, russo, árabe, esperanto, chinês, japones. O português e o inglês já bastam.
Nada surpreende. Nada é surpresa. Os tempos de inocência e ingenuidade se foram. Depois disso é só o fim - um fim repetido exaustivamente em ondas radiofônicas antigas, numa frequência perdida ecoando... pra quem quiser ouvir. Estou cansado.
sexta-feira, julho 11, 2008
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