sábado, dezembro 20, 2008

nú no escuro


"Nú no escuro" - foi um texto que fiz pra mim mesmo num curso de teatro que cursei, quando estava entediado com a vida (o que sempre estou) e num dos exercícios tínhamos que escrever um texto e encenar fosse do jeito que fosse. A encenação ficou uma porcaria, mas fui um dos únicos que escreveu seu próprio texto, o resto do povo usou textos de autores diversos. Ninguém sabia escrever porra nenhuma.

Nú no escuro é isso aí da foto, um doido que ficou pelado num breu qualquer(apesar do escuro da foto estar bem photoshopado, não estava escuro assim), diante do nada, e nas trevas todos ficam cegos, como na atualidade - escrevi sobre mim mesmo como sempre, das minhas tentativas de "ser" sem nunca ter sido e de "partir tão logo seja". Será que um cego pode sonhar com o concreto sem nunca ter visto o real - indagava.

O tempo passa e parece que o texto fica repetindo num gravador sem parar, como um sinal que se perde dentre antenas parabólicas e satélites orbitais no espaço. A vida não anda, ela roda e voltei sempre ao mesmo ponto. Agora, estou reescrevendo, atualizando esse texto, para nada, simplesmente como registro. Coisas que reeditei sobre os cristais que se quebram, e nada do que foi faz muito sentido; também do desconhecimento que se tem sobre a veracidade dos sentimentos. Frieza, será mesmo algo tão ruim assim? O verso pode esperar um ano, antes de acabar com a poesia. João Cabral de Melo Neto esperava o tempo que fosse, numa paciência gélida. Enfim, meu último cristal se quebrou e agora não há mais nada a se recordar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tem coisas sim pra se recordar
2008 ainda esta sendo um ano pessimo
Fail
fail again
Fail Better
LOVE
Gerald