terça-feira, agosto 29, 2006

O império das causas perdidas


Explicando: o império das causas perdidas é uma estória dentro da Saga, "A encruzilhada" que já venho escrevendo faz algum tempo e pouco a ilustrando. Tenho encontrado um certo desconforto em fazer a arte de algo que eu roteirizei, porque as vezes não consigo interpretar as cenas do modo que eu imaginei. Isso é algo que não consigo detalhar.

Bom, aos trancos eu estou tentando, buscando ânimo mas os tempos não são animadores do ponto de vista pessoal. Eu já sou uma alma melancólica por natureza, quantas vezes me questionei, se eu seria desse mundo realmente. Por essas que vivo olhando o céu procurando a estrela que me deixou aqui.

Sem lirismo, a "encruzilhada" é um graphic novel, baseado na metafísica, no misticismo, nas mitologias, na razão. O personagem principal tem um poder, ou pensa que tem, enfim, um poder de andar pelos mundos paralelos que formam centenas e diferentes realidades. Segundo muitos metafísicos, nós existimos paralelamente em milhares de realidades no mesmo instante de tempo e espaço. Loucura total, quase impossível de se imaginar. Nesse universo, cada decisão que nos remete cria um mundo, assim estamos criando a todo segundo milhares de novos mundos e estamos coexistindo em cada um deles...lunático isso não?

O personagem é o único ser do universo capaz de ver e estar viajando, pulando entre o tempo e o espaço cada realidade dessa. Para viver esse dom ou fardo ele passa por situações pessoais que lhe transformam, com muito sofrimento e drama. Não é uma HQ de ação, tiros e violência, nunca quis isso, quer dizer já fiz muito disso, mas é um drama psíquico que tenta mostrar o quanto o ambiente e o cenário transformam a alma humana. Não há heroísmo e sim o anti-heroi ou o anti-mito.

É um exercício da razão, cada estória atropela a outra, o personagem viaja pelos mundos da vida dele, perdendo entes queridos, questionando o sentido da vida, da morte, dos deuses e da razão.

Influências sempre existem, neste caso devo admitir a obra mitológica de Gaiman, e nas teorias de Stephen Hawkins.

Na foto acima, eu mesmo posando pra fotografa "Mei Ling".

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