segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Monólogos orkutianos

[TEXTOS PROFANADOS VIA AUTO SCRAP NO ORKUT NO DECORRER DO ANO DE 2006]
Deus? Deus nos esqueceu desde que terminaramo volume final do livro sacro. Porque seráque os povos de Deus, sempre são conjugados com verbos do pretério mais que perfeito e nunca no presente ou no futuro? Porque as antigas civilizações tiveramos privilégios de seres sagradas e ganharem terras prometidas, milagres dos peixes,arcas, efeitos especiais no Deserto,pragas de gafanhotos e nós do presente temos que ralar, não há milagres que curem os males,nem multiplique os peixes e pães. Ao contrário, os mares e rios cada vez mais estão em greve, nossas pescarias minguam , e faz calor, muito calor. A terra está suando frio, pronta pra vomitar.Deus é verbo do passado,é coisa rara, antiguidade de museu, é múmia em sarcófago, é fossil, é madeira petrificada.E nós deixaremos o que, afinal de contas, não somos o futuro.
Caixas...Há caixas e caixas...Quem acreditaria que uma vida cabe numa caixa...
e não precisa ser de aço pra aguentar o fardo, as melhores
são de papelão, fáceis de abrir, a qualquer momento.
Contudo, como nada é perfeito,os ratos adoram roer,
se alimentam de nossas vidas, caixas, são elas que reclusam
nossas mesquinharias,eu diria, deixamos lá num canto qualquer,
todos os segundos,dos malditos minutos, das miseráveis horas
e anos, décadas...Estamos feitos temos caixas caixas de papelão.
Foi por acaso, estava carregando seu pulmão meu bem,
sabe como é a pressa, inimiga da perfeição de repente,
não vi o que estava à frente, tropeçei num buracono meio do
assoalho e derrubei seu pulmão juro, espatifou no chão
ora, não sabia que existia pulmão de cristal

E pela janela via-se a noite cair,
tantas palavras trocadas, ao fundo
a TV ligada nossas roupas espalhadas pela casa,
pela janela nós víamos a noite nos abraçar...
Não esquecemosde olhar o céu
pela última vez, a lua na noite
estrelada, não precisava ser acheia,
poderia mesmo ser a minguante,
assim como todo o
amor do mundo ...minguante


Não sei o que teria sido se tivesse
vivido todos os nãos que eu disse.
Talvez esteja vivendo os nãos em
outra vida e nesta esteja vivendo os sims.
Nunca pensei que não e sim tivessem plurais.
Sabe aquelas palavras que a gente vive falando,
mas nunca escreve, como "pentear o cabelo".
Isso não soa tão prosaico. E o que dizer das reticências...
Nunca vi mais gorda.
A seguir - Monólogos de um Velho

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