terça-feira, outubro 09, 2007

Estou cansado demais, exausto. Meu corpo já não sabe se entristecer e muito menos se alegrar. Não quero e sequer tenho ânimo para escrever estórias, contos, ou pintar quadros. Muito menos filmar roteiros. A arte pra mim já estava morta, antes mesmo de me tornar ou pensar ser Artista Profissional, diplomado em Universidade (pra quem ninguém me dissesse - artista de gaveta). Estou híbrido, nem triste, nem nada, não sinto nada. Sem tarja preta, rindo de coisa alguma, sorriso bobo estampado na cara. E ao mesmo tempo, tenho consciência da imbecilidade. Parece que já ouvi essa coisa toda sair da boca de alguém. Um alguém perdido no passado. Ah, que saudades de sua letargia brilhante. Hoje eu vivo a "pós-estória" ou a "entre-vidas". Faz muitos dias, mais de mil sóis, não (re)começei absolutamente nada. Estou pairado no tempo, como o beija-flor que vi aos 14 anos de idade no quintal. Aquele mesmo, eu já sabia, ele me retornaria.

A vida me decepciona profundamente.

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