sexta-feira, setembro 01, 2006

Série: um tributo à Poligamia (poliamor)



Muitos milênios atrás havia um povo que vivia numa sociedade paltada nos valores da mulher. Foi uma das poucas civilizações matriarcais que existiu e foi datado por pesquisadores, historiadores e arqueólogos. Esses povos eram chamados de Drávidas, antepassados dos hindus da região da Índia.

Pois bem, o que lhes diferenciava era justamente a cultura calcada nos valores femininos, como a ênfase nos sentimentos próprios, no alheio, a valorização do homem e da mulher de forma igual e ao mesmo tempo a também valorização da coragem não sob a forma de ambição mas coragem para demonstrar sentimentos, viver os prazeres que o mundo pode oferecer.

Uma sociedade matriarcal faz com que as crianças exerçam sua sexualidade de forma pura e se tornem adultos sexualmente liberais, sem hipocrisias, sem tabus. O sexo para esse antigo povo era natural, desprovido de domínio do sexo forte ou fraco; não havia isso, não existia, sequer conheciam o termo sexo frágil e raça dominante. Para eles todos eram iguais diante da natureza e dos deuses. Alías, haviam muitas deusas, e a energia do prazer sexual era o que doutrinava essa civilização que não temia sentir prazer, sob qualquer forma, desde contemplar o nascer e por-do- Sol, como se banhar no mar, etc.

Essa foi a base do que depois foi nomeado de Filosofia Tântrica, por consequência sexo tântrico, muito desvirtuado pelo Ocidente. Falando propriamente do sexo tântrico, o que diferencia ao sexo Ocidental não são movimentos ou performace, mas é na ideologia que a comunidade drávida detinha. O sexo não era um escapismo ao estresse que o Ocidente (sociedade sempre patriarcal) vivia. O ato sexual aos antigos hindus era uma comunhão de almas, união cósmica entre 2 seres, portanto tão especial que era prolongado ao máximo, cujo objetivo não era apenas perpetuar a espécie, fazendo o homem despejar o semen na mulher e mantendo a linhagem.

Para provar que o cérebro e o sistema nervoso dominam até mesmo as funções biológicas, dizem os mestres da Yoga e do hinduísmo, que é perfeitamente possível fazer o ato sexual, sem auxílio de preservativo sem que a mulher engravide.

Difícil de entender, então falarei claramente, no sexo tântrico o que importava era prolongar a união das almas, do prazer, ficar o máximo de tempo em contato com os deuses e o cosmos. O sexo Ocidental sempre podou tais momentos íntimos, pois a mulher fora subjulgada, considerada inferior desde os tempos gregos, os ocidentais de cultura patriarcal e repressora, tem o sexo apenas como procriação de sua espécie, de seu nome, sangue, dão importância a coisas tolas como ter um filho "varão" pra manter o nome da família. O Tantra é o contrário, enquanto um quer gozar logo e procriar o outro simplesmente sublima o ato procriativo e o próprio corpo inibe a eliminação do semen.

Uma vez eu li que o homem moderno é tão estressado, controlado pelo sistema, escravo de si e do mundo que ele próprio construiu que a única coisa que ele deseja no sexo é despejar tudo que lhe aperta o peito, o fardo que carrega, se não pode gritar, ousar e romper, ele faz o que a natureza lhe oferecera, ele goza...literalmente e pior rapidamente.

Que destino mais ridículo nos demos a nós mesmos.

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