terça-feira, fevereiro 24, 2009

outras reflexões pós leitura de Bauman e schoupenheuer; do tédio à extinção

Esses caras da Europa, países nórdicos e tal, parecem que vivem numa montanha bem alta, apenas observando o mundo aqui embaixo, e enquanto observam e analisam, escrevem suas reflexões e depois nos presenteiam para que a gente, seres rastejantes, possam aprender alguma coisa. Depois de ler Bauman e Schoup. fiquei mais convicto sobre a Estética do Tédio - e nossa pós-modernidade feita de papel, isto é, nada que fazemos é real. Na esfera pública, dos governos às instituições educacionais reinam a picaretagem (de um simples colégio público que finge ensinar, passando por universidades públicas e privadas que fingem prover conhecimento e cultura). São raros os verdadeiros espaços que produzem algo de excelência, enquanto o resto apenas usa uma maquiagem. São as muitas ONG´s pilantrópicas, as universidades que vendem graduações e pós através de lobby, são programas governamentais pra aparecer em campanha publicitária e ganhar votos em eleições, e uma lista imensa que poderia ser descrita. O resultado que me parece é que "a gente não existe de verdade" - a última farsa fica por conta desse ambientalismo falsário. Ninguém faz nada de verdade e a gente continua achando que está sendo a diferença. A melhor coisa é que o mundo role ladeira abaixo e que a raça humana sofra as consequências. É preciso acabar o mundo, pra que o planeta se reconfigure - como numa máquina de PC velha, apagar todos os arquivos danificados e reinstalar o sistema.

4 comentários:

San disse...

O que diriam eles do nosso recinto blogosférico que é a mais pura essência da "Estética do Tédio"?

Ainda bem que o Imperador do Sacro Império das Causas Perdidas não se renderia à "pilantropias" baratas para aumentar a popularidade. [talvez devessemos reinventar a Carta Magna]...

;)

Gerald Thomas disse...

Texto lindo. Triste e lindo. Gostaria de copiar pro meu blog, mas letra branca vazada pro preto nao permie

LOVE
saudades
Gerald

Den disse...

Lendo a frase "É preciso acabar o mundo, pra que o planeta se reconfigure..." percebo que é algo que dói não só ao ouvido, mas também o coração. Apesar disso, parece ser a única e infeliz saída.

Laurene disse...

Oi, Mau.
Não curto Bauman prefiro Jameson.