domingo, agosto 12, 2007

Ano UM (despercebido) Um ano de Blog

Passou-me despercebido, era Julho de 2006 recomeçava minha saga. Não é somente um ano de blog, textos, estórias, resmungos e tentativas frustradas, mas um ano de um exílio necessário para a vida; a minha vida. Porque é na solidão que se mantém contato com o inconsciente, tão desprezado em nosso tempo pela humanidade, é na melancolia residente, o indivíduo pode tocar a si próprio, enxergar erros, defeitos, existenciais e ocasionais, para se possível evoluir.
A existência humana não deveria ficar à cargo apenas do consciente e cotidiano, como a maioria de transeuntes desse planeta o fazem. A vida é muito mais que o tão esperado fim de semana, compras no shopping, baladas e bebedeiras. Mas o que ficou, depois de tantos milênios de civilização é o que tem-se, as banalidades de seres humanos, carcaças desalmadas e superficiais. Eles, ao menos, são mais felizes, e sendo a vida um eterno jogo em busca da felicidade, o errado sou eu, sempre fora eu, um eterno desafeto da vida plena, um grande menestrel solitário do absurdo, um fracassado senhor de um castelo arruinado, de trevas e luz, formadores de belas figuras de natureza morta.
Sou isso, um equívoco da natureza, mas a vida também necessita dos descasos, portanto, justifico minha presença. Mas queridos fantasmas, ainda resguardo em mim momentos de fraternidade, para destilar ironias e sarcasmo. E dou graças, aos bons passeios no parque, em dias ensolarados na companhia de minha linda pastora alemã - Hanna, amor incondicional, e meus escritos desesnfreados.
Estou trabalhando em muitas coisas, literatura, cinema, artes visuais, não garanto absolutamente nada, quem sabe, algo apareça, seja concebido, enfim. Esse blog não é o primeiro que desenvolvo, já deve ser o terceiro, pois cada espaço criado por mim é um motivo para se desconstruir. Isso eu faço perfeitamente. Agradecido aos fantasmas que aqui entram eventualmente. Au revoir a tout le monde

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