quinta-feira, março 27, 2008

reeditando

Amo. Com meu receio,
com minha ingratidão, com meu respeito por sua inteligência,
amo do jeito incerto, que desagrada os leigos - lhe desagradou,
amo enfim, sua liberdade, que tu me entregaste, amo em ti as sombras
passadas, amo teus passos sinceros, teu ir e vir,amo te fazer sorrir,
amo te fazer intensificar, amo com meus botões, calculando números
infinitos, amo te fazer pensar, porque quando pensas fica mais bela,
sem batom ou nanquim, amo te fazer recitar, poemas rimados em arritmias,
e deixar-te esperando dias, porque amo ver-te ansiosa, sensual, voraz, faminta,
desejosa, e receber tudo intensamente numa noite só, amo sair antes do galo
cantar, pra ver-te dormindo de camisola, entre lençois, amo saber que ao
bater a porta, tu vais acordar, e amo, deixar-te com saudade, porque só assim
na insegurança nosso amor resplandecerá. Amo enfim, tudo que odeias
porque do ódio sempre caberá o amor.

PS: poema que já publiquei aqui, mas que tem um maior sentido e função nesse momento, que não cabe dizer o porquê - agradeço pela visita da Sandra, do Sérgio, do Vamp e especial do Gerald - pessoas especiais.

3 comentários:

Anônimo disse...

Lindissimo poema. Triste, assim como vc eh triste, Linda a Youmi.
Eu estou triste, Ny esta cinza......nao ha muitas saidas, no way in, none out (Beckett)
LOVE
Gerald

Anônimo disse...

oi Mau!
que linda essa arritmia e tudo isso que a provoca...
vc de certa forma provocou em mim uma vontade de escrever... desde aquele dia la...
bjs

Lu

Unknown disse...

amo ter sido o que fui e o que sou. amo ter sido o que não fui e o que tenho sido...nossa história não foi como eu esperava, mas a vida também não o é...o importante é que um amor é sempre um amor, eterno não enquanto duras, mas simplesmente, eterno...
- derramei uma lágrima quando passei por aqui.