sábado, abril 19, 2008

Eu mais ninguém

Eu escuto - é preciso deixar de ser individualista pro mundo ser melhor. Eu discordo. Não acho as pessoas de hoje individualistas - as pessoas se preocupam com o externo - agradar o externo. Confudem o individualismo com vaidade. O melhor pro mundo talvez fosse o ser humano voltar para dentro de si - parar um tanto, alguns segundos, não olhar pra vaidade de si mesmo, mas para os pensamentos - daí ver o que foi feito deles. Só que é tão complicado essa coisa, já que não conseguem teorizar o que é individualismo, vaidade, consumismo, egoísmo, sociedade, enfim. Fica um monte de ismos e palavras ditas ao vento - nada querem dizer porque o ser humano atual não sabe o que fala - nem o que lê. O ser humano do século XXI nasce conectado wireless, uploading e downloading, ou seja, repleto de informações e dados - mas não compreendem o mínimo que se espera - o entendimento da própria língua mãe. O que se tem é um bando de aforismos, clichês internéticos cultura banal pra fingir que se tem uma certa bagagem. A bagagem superficial. Bugiganga mental - um monte de coisa que não prova nada, de ninguém - discurso vazio. Seria melhor que calassem a boca e voltassem pra si - pros pensamentos. Sofrer um pouquinho com eles - tormentos (pensamentos). Vai ver por isso escrevi 2 livros, com personagens tão solitários - um o personagem sem nome do livro "Lá fora chove" e o outro "Dioníso" o cantor de ópera aposentado que sofre de síndrome do pânico e se refugia num apê nas Ilhas Maurício. São duas criaturas minhas - e são meus reflexos. Álias, se a Biblioteca Nacional não me podar - até o fim do ano - "Lá fora chove" sai editado e publicado.

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