
terça-feira, dezembro 30, 2008
sábado, dezembro 20, 2008
nú no escuro

sábado, dezembro 13, 2008
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Ah foda-se, esse blog tem o patrocínio e apoio do Bordel de meninas devassas e cultas - O Maulsoleu do Amor. Compre uma massagem tailandesa e goze por nossa conta.
sábado, novembro 29, 2008
Uma vida de mentiras...

quarta-feira, novembro 26, 2008
branco sobre branco
sábado, novembro 22, 2008

Adoro essa imagem montada pelo fotógrafo e a modelo contrariando o diretor "não olhe para câmera" e cheia de si ela simplesmente nos convida para entrar na festa. Perfeito.
quinta-feira, novembro 13, 2008
O teatro, o cinema, e o teatrocinema; tudo se perde ou ganha no final do espetáculo (a peça bloguiana de Gerald Thomas via IG ao vivo no Sesc)

Teatro é vivo e verdadeiro sob um ponto de vista de construção, mais tátil porque simplesmente se está de corpo presente. As sensações visuais são como o Impressionismo. Sim, acho que fica mais fácil entender (pra eu entender), é plen-air como dizem os franceses, as cores, a fumaça, o frio do ar condicionado, o murmurinho da platéia, a posição da cadeira, o cheiro, as vozes do elenco, o som, tudo tem peso, tudo é tangível. Nesse sentido é verdadeiro, sendo mentira em sua mensagem, mas isto é outro papo. O teatro dá a possibilidade de estarmos no mesmo patamar ou plataforma do mundo onírico, como se o sonho estivesse ali em nossa frente, basta dar alguns passos e pronto, qualquer cidadão, feio ou bonito, alto, rico ou idiota pode entrar. É como estar diante do céu mas também do inferno. O público eventualmente pode estar acima do elenco, superior ou observando o plano central, julgando e analisando - o público tem essa impressão. E no cinema todos os lados estão apresentados e desnudados.
O cinema no cinema, como no Cubismo
A obra cinematográfica do ponto de vista da produção e criação é uma mentira, mas ao contrário do teatro, entendo que sua mensagem é verdadeira. Um inverso do outro. Será mesmo? Eu acredito que sim, mas vou dizendo sem pestanejar. O cinema inexiste até a montagem. É nesse estágio que nasce a dinâmica das sequências de cenas, e também os personagens, porque ao contrário no cinema não se faz da experiência ao vivo, mas sim de pedaços ou fragmentos, produzidos aos montes durante as gravações, que depois os montadores juntam tudo, como um quebra-cabeça de imagens, surge então a narrativa, a verdade, a mensagem é construída, a obra enfim é criada. Para o ator, o diretor, antes da montagem é tudo encenação, é o encenar de encenar, ou seja, encena-se a encenação - estranho assim - desde Eisenstein e Vertov, cineastas do período lenista e stalinista da Rússia revolucionária.
Um defendia o cinema verdade de registro (Vertov) outro o cinema intelectual e ficcional (Eisenstein). Vertov vinha da ideologia revolucionária, do chão de fábrica, desconsiderava o cinema como obra de arte superior, mas apenas como reprodutor de imagens (na verdade Maiakovsky que pensava assim e formava uma corrente junto com Vertov e outros). Apesar de Eisenstein viver o período bolchevique, vinha ele do teatro (idem Maiakovsky), e essa teatralização de Eisenstein era elemento presente na sua obra de cinema, naquele momento um destaque da indústria da comunicação, sendo grande instrumento do próprio Estado - mais tarde de Stalin seria a gota d´água. Com Kulechov, Eisenstein recriminava o cinema de registro de Vertov (possivelmente precursor de nossos documentários), os cineastas intelectuais (kulechov, Einsenstein) não acreditavam em nenhuma espontaneidade diante das câmeras.
O cinema como o cubismo prima a forma, emite vários pontos de vista num mesmo plano bidimensional - expõe o objeto a dois ou mais posicionamentos contrários, pela técnica e a montagem. Eu vejo teatro como a impressão realista e o cinema como a montagem pictórica. A espontaneidade talvez não exista diante da lente e da luz da câmera, seja num documentário ou numa ficção dramática, a atuação cinematográfica é construída pela marcação técnica, não há muito espaço para inventividade corporal e desconstrução do gesto, é uma perseguição maquinária, bem próximo do construtivismo soviético, até mesmo da arte concreta suíça.
O Teatrocinema da blognovela
O teatro visto por uma tela pequena de computador sujeito às entropias da exibição intra-pessoal (algo que não seja pessoalmente) é como a comunicação diária no blog. Todos são íntimos distantes, sujeitados a uma entropia diária - a mensagem é verdadeira, mas os formatos criados (os nicknames e as técnicas) dentro do blog são falsescas, tal como na produção cinematográfica. Então, por associação, o blog é como o cinema também, mesmo parecendo absurdo. A encenação da peça ao vivo, como num ensaio, era teatro apenas pra quem estava na platéia, o cenário, elenco, a fumaça, a interação e o peso dos corpos e sons. Ao público em casa, era também uma peça teatralizada porque não houvera montagem anterior, seguia-se obviamente um roteiro, mas a montagem era ao vivo (o plen-air impressionista) - portanto teatro. E a criação foi com base teatral, Gerald é homem do teatro, e sua cia. faz parte do universo teatral. Nossa visão se deslocava na tela do computador procurando pontos focais, sendo que em determinados momentos a tela se escurecia, um corte cinematográfico e teatral.
É o teatrocinema ou nenhum dos dois...de repente não é uma coisa ou outra, é apenas uma obra audiovisual, como uma vídeo arte ou "Performance Body Art" que poderia ser reproduzida em paredes de museus ou encostas de morros, laterais de prédios, projetada por grandes projetores interferindo na paisagem, o que aumentaria a percepção e ao mesmo tempo provocaria outras interferências perceptivas em relação ao tema. Afinal, as idéias ou conceitos eram mais importantes que o formato, o que deveria ser relevante era a mensagem. E foi justamente a mensagem que prevaleceu e sendo assim funcionou, não importando quão complexa a linguagem.
Quando no cinema o diretor filma várias tomadas da mesma atriz, de costa, perfil, diagonal, de cima, com mão no joelho, no cabelo, boca entraberta, etc e etc, busca-se o excesso da imagem e o detalhismo para construção rica na tela grande. O teatro funciona melhor no minimalismo pra causar a impressão, ao mesmo tempo que limpa a imagem deixando o objeto exposto de forma nua. A atriz no cinema perde a espontaneidade é um robô humano seguindo as ordens do diretor e no teatro essa mesma atriz seria um fantoche maleável, solto e livre, com um toque mágico, um sopro de liberdade no palco. No cinema essa personagem ganha vida com a luz da montagem, na telona é o que importa, o objetivo final, a estória existe e mesmo com todo processo racional, por vias da emoção atinge o subjetivo do público. Há ganhos e perdas, seja qual for o meio, a importância de renovar é relevante. Vivemos uma época que se pode pensar - tudo já foi criado e não nos sobrou espaços para mais nada. A ousadia não foi repelida e nossa capacidade talvez ainda exista. Tem que se quebrar espelhos sem medo das pragas do azar e fuçar os escombros do mundo arruinado.
quarta-feira, novembro 05, 2008
Nas entrelinhas mondrianas morreu Monalisa; questões subjetivas, objetivas, diretas, compreensíveis ou não. Quem sabe?

O processo neoplástico nascera da simplificação da pintura representacional, a tal ponto que eliminado todos os invasores pictóricos sobrando apenas as linhas retas e curvas. Do mesmo modo na Rússia, os irmãos Pevsner, Gabo, Lisstisky, entre outros desenvolviam o construtivismo obsecados pela eficiência das máquinas e sua precisão - tida como ideal humano, a arte construtiva em realizar a obra de arte objetiva. Os russos viviam a arte e a sociedade, arte como função na história, por assim dizer, transformadora sócio e histórica, fazia parte do processo revolucionário liderado por Lênin. Mondrian como os expressionistas alemães da "Brücke" vivenciavam tão somente de forma singular o mundo das formas, dos planos, da matemática da vida - quando simplesmente a história da arte reproduz os conceitos numa simplicidade que caiba numa frase de um texto como esse, fica um vácuo de entendimento - deixa-se passar algo inimaginável e talvez uma visão que apenas aqueles "homens gênios" exergavam. Eis a cisma da teoria e crítica da arte - jamais conseguiu aprofundar os preceitos, teoremas e visões artísticos diante nossa condição mortal e humana.
Esqueçamos os lamentos por uns instantes. Em outro aspecto, as postulações de Mondrian e outros neoplasticistas se tornaram complexas e não tiveram nenhum êxito, ao longo das décadas do século passado. Em determinadas áreas a velocidade do tempo se viu fisicamente. Na física e química, como consequência - a Tecnologia, o mundo girou muito rápido, a ponto de estarmos em constante avanço, e sermos atropelados pela velocidade das conquistas da informática e comunicação. No social e político, o comunismo foi praticamente afogado e o mundo escolheu para o futuro a chamada democracia capitalista da liberdade de ser e estar, mesmo que para isso, o mundo esteja calcado na alienação comercial e fútil. Mas na Arte não houve nenhum direcionamento e o panorama talvez esteja pior que na primeira metade do século XX quando mentes geniosas, do Ocidente europeu à Rússia, sem internet e celulares manteve uma extensa rede de intercâmbio cultural, idealista e produtivo. Foi o período mais rico e inimaginável que a mente humana alcançou; e jamais conseguiu repetir o exito.
É quase impossível na atualidade reviver a visão mondriana de arte porque simplesmente se rejeita o simplismo em favorecimento do exagero. É complexo mergulhar na obra neoplástica ou suprematista de Malevitch e compreender através da percepção dos artistas autores estes dogmas que eles nos deixaram. Torna-se incoerente saber que pretendiam ser objetivistas e sem nenhum caráter sensível ou individual. Entretanto a racionalização da obra artística tivera efeito inverso, no decorrer das décadas seguintes. Apesar da excessiva simplificação e do reducionismo que arte sofrera, tornou-se demasiadamente distante de qualquer compreensão individual. O que para Malevitch e seu "quadrado branco sobre fundo branco", era apenas isso, para o indivíduo de mente restrita é o absurdo da ineficiência ou da perda de tempo, portanto, uma antítese à idéia original. De fato, qualquer leigo compreende melhor a arte figurativa num quadro como a Monalisa de Da Vinci. Mas as telas suprematistas que indicaram a morte da pintura de quadro e deu início a construção no espaço, ou seja, a tela se torna o mundo; sendo incabível a essa escassez perceptiva e imagética que a humanidade se aprisionou.
O cenário do passado, com suas inovações e o presente sem surpresas e genialidades, resplandece um vazio existencial (idéia bergsiana). A arte não se fez apenas com pinturas, há de existir sempre os teóricos responsáveis por construir ou repassar o pensamento que vem antes da realização (os ready-mades de Duchamp por exemplo). Pergunto: será que Duchamp buscava essa explicação pra sua obra interventora nos anos de guerra? Pergunta retórica, sem resposta. No passado os artistas como Van Gogh (não somente ele) viviam suas respectivas obras intensamente, eram artistas e teóricos, escreviam os manifestos, propagavam idéias, criavam e destruiam, tinham as ferramentes nas mãos, o drama na consciência. O vazio existencial no tempo presente está reverberando em gigantescas caixas acústicas. Ouvimos berros, são nossos próprios gritos, gritados anos atrás, mas parecem tão recentes que arrepia e nos causa calafrios, e nosso atraso perceptivo nos impediu de nos escutar. Nosso vazio é nossa própria incompreensão do simplismo objetivista e abstrato de Mondrian, Max Bill, Kandinsky, e quando ficamos ultrajados diante da afirmação que arte pode ser algebra. Mais comum do que se costuma pensar. E nos indagamos a respeito do pensamento comum -"onde entra a emoção afinal?" - indagação muitas vezes pérfida e autoritária, sequer percebemos a qual forma tratamos as emoções, tão arbitrariamente. Eles, os velhos pintores de linhas retas horizontais e verticais ou formas inorgânicas eram únicos por enxergar além; a emoção na simplicidade. Algo que o contemporâneo parece estar e assim desejar impedido.
terça-feira, novembro 04, 2008
mundo mundano
sábado, novembro 01, 2008
reino das letargias
sexta-feira, outubro 31, 2008
Gullar

quarta-feira, outubro 29, 2008
A problemática da conversa contemporânea

segunda-feira, outubro 27, 2008
Picharam o vazio da Bienal de Artes
Se foi ou não um ato premiditado, deu certo do ponto de vista exposicional, rendeu uma boa mídia espontânea, e isso nos remete ao tão falado e criticado Andy Warhol, por suas idéias absurdas que deram início a tudo isso aí - desde a street art, inclusa no movimento Hip Hop das periferias, aos interventores urbanos tão "fashion" nesse século XXI e a eterna briga de pichadores "outlaw" e artistas visuais recém saídos das universidades pagas, de cursos de DI e Publicidade (vou me esconder dentro de um saco de pão) e se julgam artistas. Bem, isso soou irônico, mas não é ironia. A arte do vazio não está num pavilhão, talvez esteja nesse mundo todo globalizado (e chato). Falarei mais disso noutra vez.
sábado, outubro 25, 2008
E por acaso desisti
Tudo que não sou é otimista, sonhador, feliz o tempo todo, não sei esconder frustrações e desânimos e detesto ouvir piadas idiotas, gozações alheias, ou histórias sobre as últimas férias de fulano, beltrano, etc e etc. Esse papo furado não me interessa mais. Não me satisfaz. Não há mais espaço pra inteligencia, pra poesia, nada.
Ficou tudo restrito a uma mesa de bar, celulares sob a mesa, pessoas que não se bicam e distantes um dos outros (porém sentados ao redor de uma mesa redonda) munidos de suas taças de caipirinha e cerveja, fumando, misturando a nicotina com perfume Hugo Boss ou Dolce Garbana comprado à prestação, eles sequer escutam uns aos outros, homens e mulheres apenas falam, despejam adjetivos e gírias para se auto promoverem - e cada um rebate o que o outro diz, com uma história melhor, mais engraçada e sempre tem um alguém (o bobo da mesa) para animar a reunião, com alguma outra história hilária ou quebrar alguma tentativa de se falar algo inteligente com uma piada de português ou de "bicha"; quando não uma piada de "preto" demonstrando sucintamente o quanto nossa sociedade é preconceituosa e pouco se importa com o respeito ao outro (a frase perco a amizade mas não perco a piada, diz bem isso).
É, pois é assim que a massa vive e caminha, incoerente e iludida, fazem fila em bancas de jornal para comprar uma porcaria de um ship de uma nova operadora de cel, que dá não sei quantos meses gratuitos pra se falar ao celular - afinal, o que desejam falar mais?? Se ninguém sabe o que dizer?
Definitivamente isso não me atrai, nem a beleza das mulheres atuais, cada vez mais bonitas graças aos milagres contemporâneos, de roupas que levantam a bunda, os peitos, coisas que alisam cabelos, enrolam, desenrolam, pintam, colorem, etc. Ninguém mais é puro, nem de alma, muito menos de corpo. O sorriso deve sempre estar no canto da boca, porque é proibído não ser feliz.
*Apesar de estudar muito a História da Arte, como artista visual e historiador da arte, eu desconfio que não há um crítico e teórico da arte na atualidade que saiba finalmente dizer o que estamos hoje fazendo nesse mundo (sequer conseguimos desvendar o cubismo, quanto mais hoje, uma Era de vazio e muita entropia) - chiados e grunhidos.
terça-feira, outubro 21, 2008
Down in my hole

quarta-feira, outubro 15, 2008
lifeless as a vulgar display of power

domingo, outubro 12, 2008
blog novo
sexta-feira, outubro 10, 2008
Próxima parada (assim se a Fapesp deixar)

Não me lembro quando pensei em mim pela última vez - digo pensar como ser humano, como membro da sociedade e através de relacionamento inter-pessoal. No momento a humanidade não passa de um instrumento para minhas pesquisas e projetos. Uma interação mediana, pouco minuciosa. Minha tese de mestrado ocupa boa parte do tempo cerebral diário. A partir dela, farei um ensaio sobre cinema soviético e cinema cubano na era comunista de Fidel Castro (em 2009 visito Moscou, darei um "oi" para a múmia de Lênin). Além de tudo isso, trabalho numa pré-produção de um curta metragem ficcional, cujo roteiro também é meu. Paralelamente trabalho com artes visuais experimentais, literatura, performance e video arte. Penso, penso todo tempo. É um pensar constante. O prazer parece que me foi esquecido, roubado, extraviado de mim. Não importa, não faço por dinheiro, até porque não ganho nada por trabalhar com arte visual, isso não me dá um salário ou coisa assim. O mestrado me paga a bolsa, é o suficiente. Consigo tempo para não ser um escravo diário de um emprego com patrão, metas, bater o cartão na catraca de manhã e a noite, ser um gado numa boiada urbana. Tudo que nunca quis ser. O preço que pago é pensar todo instante. E não acabou, penso em criar um Grupo de Arte Contemporanea - dança e teatro e adaptar Kafka, Beethovem, Mozart, Balzac, através da perfomance musical abstrata, etc e etc (preciso encontrar coreógrafas além de tudo). Me pergunto - aonde vou fazer tudo isso - respondo - num quadrado qualquer desse mundo, mesmo que seja para às moscas.
quinta-feira, outubro 09, 2008
Não a bossa, sim ao tango
quarta-feira, outubro 08, 2008
A Estética da Dúvida
Obsecados pela máquina, gozam nas primeiras jeringonças masturbadoras. E depois escrevem noites inteiras, sobre o dinamismo e a objetividade das máquinas e o perfume entoteante do óleo que consomem. O construir é mais importante que o alegórico. A metafisica e o romance ficaram para o século anterior. O mercado é amaldiçoado, a máquina endeusada, rogam pragas aos comerciantes e capitalistas. O cinema tem de ser o vertoviano verdadeiro.
Sem emails ou iphones, viajam idéias por cartas e telegramas. Na Alemanha um russo que inspirou os soviéticos (a geopolítica é absurda) retorna de um passeio à terra natal cheio de não- idéias. Nasce o design funcional e extremamente simplista, nada de ornamentos - cultuar a frescura é antiquadro. Sem querer, os revolucionários, de Tatlin à Gabo deram um combustível fenomenal para a indústria e o consumo de massa.
Graças a isso, hoje milhões de carcaças falantes gastam seus créditos pessoais em lojas de departamento, pagam juros em prazos de anos, para comprar bugigangas eletrônicas nascidas na Bauhaus, no De Stjil holandês, no design alemão suiço, franco, belgo, inglês que está inserido nas capotas, lanternas e spoilers de nossos carrões turbinados de gasolina, responsável entre outros fatores pela crise que faz nossos líderes e ministros inteligentíssimos esticarem suas sombrancelhas e suspirarem com as quedas das bolsas e o medo da falência humana. De repente, tudo vai falir.
E isso porque não enfiei Duchamp no meio disso tudo. Inté.
terça-feira, outubro 07, 2008
o amor se fodeu - desistências
É a Estética do Tédio.
domingo, outubro 05, 2008
desgovernado
O voto é muito bonito e foi um exercício pós ditadura, mas passado esses anos todos o que fica é uma sensação de idiotização, de falsidade, por parte dos políticos e por parte do eleitor. Votou-se na mesmice, nas "palavras de ação", discursos herdados dos velhos políticos, que já nem sabemos mais se pertencem as "velhas oligarquias - ou não tão velhas assim". Até isso ficou complicado. Verbos no infinitivo e uma compra de votos indireta por baixo dos panos de mesa quadriculados num almoço típico brasileiro - feijão preto, salada de alface, arroz, farofa e suco de maracujá pra acalmar.
Nenhuma mudança real, enquanto cada infeliz que habita esse mundo, mundo-cidade, mundo-bairro, mundo-país, mundo-mundo mudo, não tiver uma mente aberta à reflexão além da ganância em ter e possuir consumir engolir vomitar e arrotar.
Porque infelizmente depois é só usar um líquido bucal que mate os germes e tudo fica limpo. Pronto pra mais uma feijoada e cervejada. Eu não acredito mais em humanidade, com 7 bilhões de andantes na superfície. A justiça dos deuses não serve pra esse formigueiro de parasitas.
sexta-feira, outubro 03, 2008

Alexandra Maria Lara, atriz romena vivendo Jung Tradl, secretária alemã de Hitler em seu derradeiro fim - ela se salvou pra contar a história que fez o grande filme - A Queda de 2005. Boas recordações, ela é belíssima. Grande Bruno Ganz, como o próprio Fuhrer encarnado.
Ganhei um ânimo qualquer pra seguir meu mestrado, indiretamente tem a ver com o período. No final dele, servirá pra um bom documentário. Um dia falo mais.
quinta-feira, outubro 02, 2008
domingo, setembro 28, 2008
um requiem dominical
sexta-feira, setembro 26, 2008
O melhor da vida é quando todos dormem. É como a morte.
sexta-feira, setembro 19, 2008
Terminei recente um "pseudo ensaio" com algum toque de rapsódia sobre a Nona de Beethovem. Foi uma idéia absurda que tive depois de ver a Orquestra Acadêmica sob a regência de Kurt Masur interpretar a obra célebre do genial compositor. Lançei-me numa pesquisa "razoável" sobre a obra e a vida de Beethovem durante os 10 anos finais de sua vida, para compor sua "nona" e ainda vivo apresentá-la na Alemanha no ano de 1824. Essa experiência acabou me inspirando pra concluir esse ensaio futuramente de uma forma mais completa e íntegra. No momento preciso concluir projeto de Mestrado e outras coisas. Mas sempre fico com a sensação de "incompleto", de algo não feito, que deixei por fazer ou simplesmente não fiz.
Diabos.
Enfim, isso aqui morreu. Mas não acabou.
Volto qualquer dia aí de chuva.
segunda-feira, setembro 15, 2008
tudo muito chato
quinta-feira, setembro 11, 2008
terça-feira, setembro 09, 2008
quinta-feira, setembro 04, 2008
sábado, agosto 30, 2008
As causas perdidas procuram seus fins
O fim é o mundo que merecemos. Bilhões de pessoas perdidas, não sabem se consomem ou preservam. Ainda é um mundo de fantoches políticos - mas se pensar na revolução francesa não era diferente. Os líderes tocavam o terror abertamente, só isso distingue de hoje. Aquele papo que era por um bem social - sei não. E terminou numa monarquia imperial, assim como na Rússia de Stalin e de Cuba, etc e etc. Que cansaço. Que papo furado dessa elição americana Bush Mccain versus Obama. Que repetição.Não tenho musas, não tenho poesias, nenhuma. Já procurei, talvez tenha guardado num cantinho escondido. Mas não, só encontrei poeira de escombros nesses cantos e recantos. E sinceramente não faço questão de reencontrar tais poesias. Já des[gosto] de tudo isso. Não admiro ninguém mais. Não conjugo mais esse verbo. E que o mundo gire, que a vida rode, que as coisas fluam na vitrola. A lógica conformista parece ser a nova ordem do Mundo. Quem diria, enfim. O conformismo é o fim dessa conta.
quarta-feira, agosto 20, 2008
domingo, agosto 17, 2008
terça-feira, julho 29, 2008
segunda-feira, julho 21, 2008
sexta-feira, julho 18, 2008
esse blog já era

terça-feira, julho 15, 2008
et moa, c´est qui?

sexta-feira, julho 11, 2008
Pressa
Eu não sei, afinal meu tempo tem caminhado tão distinto da humanidade. Os outros - eu esqueço deles. Sempre. Observo apenas, de fora, isso não é um conto estória, é um aspecto, somente meu, tantas vírgulas, não quero parecer poético - estou cansado. Meu tempo pairou numa estação qualquer. O vento passa e leva folhas amareladas de alguma árvore. É tudo uma impressão de movimento. A sombra da árvore vai e vem, com o movimento do Sol. Novamente, apenas me impressionar, como se o mundo quisesse me dizer - estamos vivos e movendo, girando, eu desacredito.
Vozes falam, não para mim, pra outros, que o interessante do mundo é o próprio mundo. Tantos mundos, eu desacredito. Desacreditei. Pronto, poesia, poema, outra vez. Estou cansado, de monólogos. Mas não quero diálogos. Confuso, complicado. Conto meus desastres. E percebo, graças a eles não me destronei - seja lá o que isso possa querer dizer - pensem vocês.
Tenho estudado francês - por conta. Sem métodos ou cursos. Virei meu mestre e aprendiz. Parece que estou atrás de um edioma qualquer que possa traduzir minhas falas e dar algum sentido. Quem sabe depois venha, alemão, húngaro, russo, árabe, esperanto, chinês, japones. O português e o inglês já bastam.
Nada surpreende. Nada é surpresa. Os tempos de inocência e ingenuidade se foram. Depois disso é só o fim - um fim repetido exaustivamente em ondas radiofônicas antigas, numa frequência perdida ecoando... pra quem quiser ouvir. Estou cansado.
quinta-feira, julho 10, 2008
a vida e suas inutilidades
Eu larguei essa coisa de publicitário e design porque não aguentava a panca de certos profissionais que pensavam ser SALVADOR DALI do photoshop. Hoje faço vez ou outra algum trabalho de comunicação visual, forçadamente, por sobrevivência - uma droga qualquer pra algum acéfalo visual - aqui no Brasil qualquer coisa organizada em cores funciona. Tô quase filmando porno no fundo do quintal e vendendo popozudas pro Leste Europeu. Qualquer peão de obra e cachorra de funk aceita fazer um filmes desses. Uma câmera, duas pessoas produzindo e distribuindo, ganhando em euros. BANALIDADES POR BANALIDADES, eu daria boa risadas.
Enquanto eu escrevo essas linhas nada poéticas (a poesia também sucumbiu ao idiotismo) o Supremo tribunal Federal expede habeas corpus aos banqueiros corruptos, sonegadores e ex prefeitos ladrões - são presos num dia, solto noutro (rimou - poesia 171)
E depois se candidatam novamente (Maluf, Garotinho, Jaders) e o povo idiota, o mesmo que talvez eu contrate pro meu primeiro filme porno (Gozando o Brasil) votam nesses cretinos. E meus amigos acadêmicos pegam taxi´s na saída da "facul" por conta da lei seca - coisa boa de se ver - mas creio já estar na mira do STF - porque devem achar isso "INCONSTITUCIONAL" - palavrinha do momento, na boca do povo. Soletra aí Luciano Huck ....Inté
quarta-feira, julho 09, 2008
Sociedade da Informação (uma merda)
A informação é a mesma faz mais de 80 anos. Uma entropia sem fim. Uma repetição, um sinal que ressoante em forma de ondas elétricas perambulando os satélites espaciais acima de nossas cabeças por quase um século - desde a segunda revolução industrial e o fim da Segunda Guerra. Nada muda, nada diz nada, nada é interessante. E todos nós acreditamos nesses GURUS DE MERDA - esses espertalhões que ganham dinheiro vendendo palestras - Bill Clinton fez 100 milhões de dólares como palestrante desde que deixou a Casa Branca - Paulo Coelho fez outros sei lá quantos milhões vendendo motivação espiritual em livros e se fazendo passar pelo MAGO ex drogado e torturado do DOPS DOI CODI na ditadura. E outros e outros e outros.
O Brasil nesses últimos séculos foi GRANDE NA CULTURA. Teve no século 19 um Machado e no 20 um Guimarães Rosa. No meio do século, inventou a Bossa - quando tudo musicalmente parecia resolvido. Teve Arte Concreta dos irmãos Campos - mesmo não passando pela Renascença, Barroco, Neo clássico, Fotografia, Realismo e finalmente o Impressionismo, o Brasil fez sua Arte Moderna com Mário de Andrade e a Semana de 22 - depois Oswald refez a Arte moderna com o Antropofagismo. No teatro tivemos Zimbisky, temos Antunes Filho, Paulo Autran, Zé Celso, o antigo TBC, etc.
E graças a essas mediocridades do mundo otimista aglutinamos tudo na TV - essa MERDA que faz novelas podres, programas comerciais podres, artistas podres de capas de revista - que nas horas de folga visitam a Disney e apresentadores de TV que frequentam as cadeiras dessas merdas de palestras. Toda essa revolução do Brasil ficou restrita aos livros empoeirados nas estantes de bibliotecas, que poucos CONDENADOS como eu acessam e dão algum valor. No mais as pessoas estão aí assinando jornais e revistas - porque desejam informação - alguém disse aos idiotas que isso faz diferença. Ah, claro, com acesso exclusivo por celular wirelles (não tem coisa mais cafona que isso).
segunda-feira, julho 07, 2008
ANO II - "Aqueles dias"
o que foi a vida, enfim
sequer pude notar sua placa
passou por mim acima da velocidade
lugar indefinido, sem pronomes possessivos
nada de Minha ou Meu
poucos rastros e vestígios
a polícia científica se espantou; nada
contratei os melhores detetives
vacilaram todos
eu cansei, desisti.
Vaguei em campos esbeltos
sem flores mas com multidões
nada diziam, minha língua ficou escassa
arcaica, de repente falo grego antigo,
não há quem possa entender
tempos atuais se fala linguagens digitais
me tornei uma múmia viva
com um ou mais fantasmas
sim, vocês duas aí, cada uma tão igualmente distintas
lerdo engano, lerdo pensar, que me mata-me mata-me
e sem isto ou aquilo já não posso viver
Procuro desesperadamente por um arquiólogo
traduza meu linguajar em novos alfabetos
transcreva meu pensar, eu sou um recanto empoeirado
uma cidade fantasma, um rancho de mato crescido
há dois anos, todo assim
daí de cima você pode me ver?
tem algo acima de nós, além da escuridão?
prefiro que não
prefiro despensar - dispenso
quero ir, partir e não sentir
nada mais, ser inabitável
uma poeira ao vento,
me aglomerar junto às rochas
simplesmente encerrar
quero deixar de haver, de existir
quanto a ti, vou-te pensar ao desvivido
quanto a outra de ti, vou-te pensar em nossa vida vivida
todas, ambas, na ausência
amor ausente
é meu presente (embora fiquem no passado)
E só. Já não sei !!
Poema/resmungo para duas mais belas flores do campo que cultivei
sexta-feira, julho 04, 2008
Segundo ano
segunda-feira, junho 30, 2008
vozes
Paulo Autran, em depoimento sobre Guimarães Rosa
quinta-feira, junho 26, 2008
vozes
Cleyde Yáconis, atriz
quarta-feira, junho 25, 2008
terça-feira, junho 24, 2008
segunda-feira, junho 23, 2008
sábado, junho 21, 2008
trechos
(do livro Depois do Fim vem o mar - conto de mesmo nome - Mau Fonseca 2008)
segunda-feira, junho 16, 2008
trechos
(do conto - Sirenes - do livro Depois do fim vem o Mar - Mau Fonseca)
sábado, junho 14, 2008
trechos
(tirado do conto - Meio fio - do livro Depois do fim vem o mar - por Mau fonseca 2008)
domingo, junho 08, 2008
New ways of life
quinta-feira, junho 05, 2008
O sexo forte acabou (no século 21) agora é sexo flexivel.

Até o século 19 a mulher sofria por amor (pelo amor de um homem, pela ausência do amor ideal, do amor platônico) e isso era colírio dos poetas. No século 20 veio a pílula, os antidepressivos, as minisaias, e a internet. A mulher continua sofrendo por amor, mas com uma diferença - sofre por muitos amores, mas o tempo é tão corrido que nem percebem o sofrimento - as mulheres evoluíram - elas venceram.
Venceram idéias idiotas de categorizar o sexo feminino e masculino - o frágil e o forte. Isso só fez a mulher se subjulgar e os homens se tornarem déspotas hipócritas. Mas no fundo é uma vitória que nada vale - a relação no século 21 ainda é baseada na posse, o que nos coloca diante da verdade - tantas revoluções pra nada. Pela velocidade das coisas, as mulheres são mais flexíveis - abertas pro desconhecido, não se prendem mais em amores ou rótulos de homens ideais, é o tal da - a fila anda. Esses jargões pobres da internet que são repetidos naturalmente é o exemplo que o "filosofismo" virtual PEGOU, feito Super Bonder, e ninguém quer mais sofrer, chorar, porque "a vida é curta" e "deus me disse - desce e arrasa" e as 4 amigas de Sex and the City são assim, sem tirar nem por.
E por isso elas são admiradas por nossas (a de vocês) mulheres daqui da Terra, de carne e osso, mas sem luz e maquiagem. Quer dizer, com os orkuts da vida, ser uma celebridade requintada não é mais privilégio de Sarah Jessica Parker - mas de todas (a diferença fica pelo cachê). E se pintar uma depressão momentânea na mulher de hoje - ela pega sua bolsa de pele de crocô comprada no elegantérrimo shopping Cidade Jardim, e tira de dentro uma establizador de humor, se maqueia, e vai trabalhar, suas 8 horas diárias, pra depois pegar uma balada e - a fila já andou. E os homens???? Esses tão aí tentando fingir que são grandes fodedores de vaginas na caça da selva de pedra.
E quanto ao amor, e a condição de seres especiais - ah isso já foi deletado (ultrapassado). O que sobrou foram carcaças de vaginas e pênis.
domingo, junho 01, 2008
terça-feira, maio 27, 2008
O insustentável mundo das pessoas
Cena de ontem segunda-feira, dia 27 de Maio de 2008 (esse Maio não termina faz 40 anos). Mulher de uns 40 e poucos anos desce a rua correndo desesperada, atrás dela vem o marido, um senhor meio gordinho, de mesma idade. A princípio parece uma cena corriqueira - um assalto, um desses moleques que passa e bate carteira, bolsa de mulher, enfim. Mas não, o marido alcança a mulher, segurando-a pelo braço, contém um pouco o desespero dela, sentam-se na calçada. Surge uma terceira, uma senhora, de uns 60 e poucos, parecia ser a mãe da esposa, ela entra no bolo - conversam. Aparentemente o causo terminaria aí, tudo estava ajeitando, deveria ser um assalto. Passado alguns segundos a mulher enfurecida avança sobre o marido, ouve-se gritos, as pessoas retornam para suas janelas e portões. Ela esbofeteia o marido, que pede "pelo amor de deus pare". Alguém da rua grita - "vou chamar a polícia" e a esposa diz "chama mesmo". Sai alguém para apartar os sopapos - ela então fala - "ele me trai faz 20 anos" o marido foge, corrido, amedrontado. Ela desequilibrada vai rua acima, sem rumo, sabe-se lá.
Cena dois, ontem ainda, mulher bancária dirige na contra-mão uns 8 km, é parada pela polícia e tenta morder e agredir policiais. Vai pro hospital amarrada numa maca, completamente enfurecida. Ela sofre de distúrbios de humor e havia parado com os remédios.
Cena de ontem ainda, aparece na TV o legista do antigo e não solucionado caso do PC Farias, o legista "show man" chama seus amigos legistas de mediocres e aponta que tudo investigado no famoso e dramático caso atual da menina Isabela é falso, errado, equívoco. Deduzimos então que os acusados são inocentes e teria o Estado e o Ministério Público determinado a culpabilidade de alguém para apenas apresentar para Sociedade uma resposta a essa violência - seria o absurdo maior. Ou então, os advogados, lançando mão de vencer a batalha no judiciário, doa a quem doer, tentam cartadas finais pra colocar em liberdade dois assassinos. Mais absurdo ainda, alguém que sequer viu o corpo da menina afirmar com tanto conhecimento e atestar laudos.
É muito fácil escrever laudos hoje em dia...há laudos para tudo, pra todos os gostos, pra descaracterizar qualquer coisa - diante disso, não há mais em quem acreditar, nem na Justiça, muito menos no poder público, tampouco na mídia.
Dentro dessa onda, a instituição familiar entra em oposição ao tema - sustentabilidade. Volte ao primeiro parágrafo. O impossível é sustentar a vaidade humana, sem acabar com o meio ambiente, que já está acabado. A gente fica se enganando, que estamos conscientes do estado do planeta, que nossos esforços individuais fazem efeitos, mas ainda estamos à bordo de nossos carros enfeitando ruas e pontes, em congestionamentos kilométricos, soltando fumaça preta, parados no tempo, no espaço - isso também é mediocre. Já tive acessos de loucura, não tanto como a mulher que dirigiu na contra-mão. Mas já pensei em desligar o carro num congestionamento infernal e sair, à pé, deixando lá o automovel ao deus dará - que se dane - passem por cima se conseguirem (quando fizer isso, eu mesmo me interno).
A sociedade formada numa base familiar é parasita, ela gasta suprimentos, porque se baseia no bem-estar dos seus indivíduos. Num mundo que cresce dois dígitos percentuais todo ano, e clama, morre, por mais e mais crescimento - falar de sustentabilidade é FINGIR que estamos no caminho. Em poucos anos, iremos nos conformar, que a Terra, assim como a Amazônia tem prazo final de validade - iremos viver com o conhecimento de que a raça humana vai durar talvez mais 200 anos. E a conformidade já começou com a política do "carpe diem" alastrado pelas mídias, criando mais consumidores (isso não é discurso comunista). E falando em comunismo - lembrei da China, da tragédia, das mães viúvas de seus filhos únicos, que agora são liberadas pra ter outros filhos (deveriam adotar as meninas chinesas descartadas em orfanatos por décadas graças à pressão do Governo) e pela tradição de preferência de meninos - deixa pra lá, esse post tá ficando chato...
E não adianta defender o anarquismo, já que ninguém quer ser voluntário pra cuidar de suas calçadas, ruas, bairros, cidades, sem receber por isso. Então, não há outro modo de vida, a não ser pelos braços e tentáculos da política (partidária). É um mal necessário, evidentemente, não justificando a roubalheira e canalhice. Mas se o mundo insustentável dos homens vai acabar num prazo otimista de 200 anos, "que mal faz roubar ali, pegar um cargo acolá", prestar um concurso público pra ser funcionário do Estado com garantias vitalícias - vida boa, churrasco (com carvão da Amazonia), cerveja, sombra e samba.
E houve quem falou que o Brasil era o país do futuro - o vértice da humanidade (quem foi mesmo) - não importa, de um jeito ou de outro, estava certo. É o jeitinho do conformismo diante do inevitável - "o fim do homem" (contrariando Falkner) E encerro com um refrão, do Chico Buarque - descreve muito bem tudo isso em quatro versos da música Roda Viva (coisa de gênios)
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
domingo, maio 25, 2008
império das lamentações
sexta-feira, maio 23, 2008
Salomé na pele de Aida Gomez...

quinta-feira, maio 22, 2008
Vontade de sumir

Única vontade real, desejo concreto é de sumir. Estou farto da consciência, do realismo, das percepções, do passado, do simples e difícil. Das pessoas farto já estou por muito tempo, das relações também, de pós-adolescentes que fingem ser adultos, de adultos que são crianças, de ideologias idiotas, de livros, de leituras, de filmes, A ou B, de bonito, feio. Sei que é algo anormal, cansar de viver, e além de tudo, querem que eu creia em deus e pense na minha vida pós-morte. Eu não quero ter vida depois da morte, quero perder a consciência, quero ser luz ou energia, ou um grão de pó no espaço - não quero ter forma, figura, beleza, nem ver ninguém, muito menos reencontrar parentes, amigos, nada. Quero ser pedra noutra encarnação.
Cena do filme - Asas do Desejo de Win Wenders.